terça-feira, 11 de maio de 2010

Convocação - O que será e o que deveria ser

A do Dunga será:
- Julio Cesar, Doni, Vitor
- Maicon, Daniel Alves, Michel Bastos, Gilberto
- Lucio, Juan, Luisão, Thiago Silva
- Gilberto Silva, Josué, Felipe Melo, Ramires, Julio Batista, Kaká, Elano, Ganso
- Robinho, Nilmar, Luis Fabiano, Grafite

A minha seria:
- Julio Cesar, Gomes, Marcos
- Maicon, Daniel Alves, Marcelo, André Santos
- Lucio, Juan, Thiago Silva, Alex
- Lucas, Gilberto Silva, Elias, Hernanes, Kaká, Julio Batista, Elano, Ganso
- Luis Fabiano, Adriano, Ronaldinho, Nilmar

O BC e as manchetes inevitáveis

Amanhã será divulgada a ata do Copom referente à sua última reunião, quando os juros foram elevados em 75 bps. Eu gosto muito de reuniões do Copom: gosto de discutir qual será o resultado, se o BC acertou ou errou, se o ciclo está no começo ou no fim e o que foi escrito na ata. Mas, na minha opinião, uma das coisas mais marcantes dessas reuniões é que, não importa o que aconteça, nem em que situação encontre-se a economia nacional, alguns grupos reagem SEMPRE da mesma forma. É uma daquelas coisas da vida com as quais sempre podemos contar: o Chico Lang sempre acha que o Corinthians vai meter 8x0, a Portuguesa sempre perde o jogo mais importante do campeonato, o Joel "Prancheta" Santana sempre é técnico de um dos quatro times do Rio, o PMDB sempre é governista e, lógico, algumas pessoas sempre acham que a Selic tinha que ser menor. O interessante disso tudo é que o Chico Lang às vezes não sabe quem é o adversário do Corinthians, a Portuguesa não se importa se está jogando contra o Real Madrid ou o Guaratinguetá, o Joel Prancheta não precisa ir bem ou mal para ter um emprego garantido no mês seguinte, o PMDB não se importa se o governo é do PP ou do PSOL e, lógico, alguns grupos não se importam se a inflação está alta ou baixa ou se a economia está bem ou mal. Eles querem Selic mais baixa, ponto. Como quem analisa a economia com o fígado.

Aí, no "pós decisão" as manchetes são sempre iguais: "Grupo industrial critica política monetária", "Sindicatos dizem que juros servem ao mercado financeiro", "Acadêmicos afirmam que Copom não é competente". E essas manchetes independem do que aconteceu na reunião, no Brasil ou no mundo. Essas manchetes são as mesmas com alta ou queda da Selic, com recessão ou superaquecimento da economia, com crise ou bom momento no mundo. Sabe aquela maldita reportagem com descendentes dos países que o Brasil enfrenta na Copa? Algo como, Brasil x Ilhas Faroe e o jornalista encontra três caras que vieram do outro país e faz as mesmas perguntas de sempre: "como fica o coração divido?", "e a provocação no dia seguinte?". As manchetes pós Copom são a mesma coisa, só que MUITO mais frequentes. Ninguém se surpreende, ninguém se importa, não agrega mais nada e, por algum motivo, sempre estão lá.

Eu não tenho nada contra as pessoas defenderem seus interesses. Cada um segue os incentivos dados. É assim que as coisas funcionam e é assim mesmo que devem funcionar. Mas, pelo amor de Deus, não dá pra analisar o momento econômico um pouco só?

A última reunião, por exemplo. O Brasil cresceu, no primeiro trimestre, algo como 10% em termos anualizados. A demanda doméstica está explodindo, com expansão do crédito. O governo, como sempre, gasta muito mal, investe muito pouco e adora reajustes do funcionalismo. A inflação está acima do centro da meta, as expectativas de inflação estão em alta há diversos meses, a inflação de serviços está em torno de 7% nos últimos doze meses. Isso sem contar que a Selic, antes da alta de 75 bps em abril, estava na mínima histórica. Na mínima histórica!

Quer dizer, o cenário não é exatamente de economia fraca, confere?

Mas isso não importa. Os grupos que sempre reagem do mesmo jeito não se importam. E aí começam as pérolas: "O BC tem medo de ver o Brasil crescer", "Os juros altos são feitos para beneficiarem os bancos", "Abaixo à Selic" (essa última é uma das minhas favoritas). Os argumentos "econômicos" comumente são da linha "os diretores do Banco Central servem a interesses escusos, ao mercado financeiro". Então, quer dizer que sempre, em todos os anos, muitos dos diretores do Banco Central são pessoas ruins?! Pessoas que torcem contra o Brasil e estão lá para atrapalharem o país e ajudarem os bancos?

Eu tenho um grande amigo que também é economista. Ele é extremamente inteligente e muito gente fina, por sinal. Mas é um desses economistas maconh...um desses economistas "desenvolvimentistas" (seja lá o que isso quer dizer), que sempre acha que os juros estão altos. Da última vez que discutimos, eu precisei gastar duas horas argumentando que não sou, por princípio, a favor de juros altos. É lógico que não. Mas insisti que o controle da inflação é uma condição necessária para que o país possa crescer no longo prazo. Para que o horizonte de investimento seja mais previsível, incentivando a atividade econômica no futuro. Argumentei que o controle da inflação é especialmente benéfico para a população que consegue manter seu poder de compra. Até apelei para expressões que esses economistas maconh..."desenvolvimentistas" gostam: "o crescimento econômico nacional precisa de estabilidade dos preços", "o trabalhdor que luta por seu ganha pão é mais rico no final do mês com a inflação controlada", "precisamos de estabilidade dos preços para sermos uma nação forte, desenvolvida".

Ainda falei que, obviamente, eu gostaria de juros mais baixos - conheço os modelos econômicos e sei que os juros afetam negativamente os investimentos. Mas a culpa não é do Banco Central. Quem gasta muito é o governo, quem não investe em infraestrutura mas gasta com folha salarial é o governo. O Brasil tem um passado de hiperinflação. Temos índices semanais de inflação, como herança disso. Mas isso não é culpa do BC. O BC tem que manter a inflação na meta determinada. É assim que as coisas funcionam.

Se o BC pudesse mexer em outras coisas, que não os juros, a ata seria algo como. "O Banco Central iniciará esforços para investir em portos, aeroportos e estradas, como forma de diminuir os gargalos da economia nacional". "O Banco Central vai promover uma reforma da previdência que vise controlar os gastos com essa parcela da população, colocando o Brasil em linha com outros países de renda similar". "O Brasil vai promover reformas microeconômicas que aumentem a produtividade da economia nacional e eliminem ineficiências".

Já que estamos nessa, vamos agradar a todos os grupos: "O BC promoverá uma festa em comemoração à indústria nacional. A festa contará com a participação de Claudia Leite e Dudu Nobre. Cerveja e espetinhos Mimi gratuitos!".

No entanto, o BC tem como instrumento a taxa de juros. E tem como meta, manter a inflação dentro da meta. (Ainda estou falando com o meu amigo que é economista maconh...desenvolvimentista)

No final, confesso que desisti. Esse papo de que a mudança começa uma pessoa por vez é mentira. Demora muito para convencer uma pessoa por vez. Principalmente se essas pessoas forem economistas maconh...desenvolvimentistas. Acabamos falando sobre futebol. Ele acha que o Bayern tem um elenco muito bom e pode levar a final da Champions. Eu falei que acho que ninguém tira essa da Inter e que, se eu tivesse que escolher um jogador para começar a montar o meu time hoje, escolheria o Lúcio. Até eu sei que essa frase é forçada e que eu dificilmente tomaria essa decisão, na prática. Mas o cara é um monstro.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Economia...simples assim

E nós economistas não queremos ter uma reputação ruim...

http://gregmankiw.blogspot.com/2010/03/economics-in-one-picture.html

China: you gotta do what you gotta do

A economia chinesa desacelerou no segundo trimestre do ano. Depois de crescer 11,9% entre janeiro e março (em comparação com o mesmo período de 2009), o PIB subiu "apenas" 10,3% entre abril e junho. Essa desaceleração foi promovida, principalmente, pelo governo. Políticas de restrição ao crédito e redução da liquidez foram implementadas para evitar um aquecimento excessivo, que pudesse gerar pressões inflacionárias. Para o ano como um todo, a China deve crescer algo como 10%

Houve quem ficasse preocupado, sugerindo que a desaceleração chinesa era um grave problema para a recuperação da economia global - dado que a China é o carro chefe do crescimento mundial nos últimos anos.

No curto prazo, tudo bem. Entendo as preocupações e a vontade de acreditar que a China não pode desacelerar. Mas, já está na hora de admitir que a medida é correta para o médio/longo prazos. Como até o governo chinês começou a explicitar recentemente, a desaceleração era necessária para fazer com que o crescimento fosse sustentável a longo prazo.

Top 3 esportivo da semana - 10 a 14 de maio

1) Convocação para a Copa (3a feira) - Finalmente serão conhecidos os membros da família Dunga. Tenho assistido alguns jogos europeus e a situação brasileira não é das mais bonitas. Corremos o risco de termos vários absurdos nessa convocação - vou postar a minha lista pessoal e a que eu penso que o Dunga levará, de fato, mas adianto algumas coisas. A primeira é que, ou o Kaká melhora muito de forma no próximo mês e meio, ou iremos para a Copa sem NENHUM jogador de destaque do meio para frente em ótima fase - E, não, não considero o Robinho nem um jogador de destaque nem em ótima fase. Não consigo me lembrar de outra convocação tão "sem graça" quanto essa no passado recente da seleção, talvez em 90. Em 94, havia Romário. Em 98, Ronaldo e Rivaldo. Em 2002, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e RC. Em 2006, Ronaldo, Ronaldinho, Adriano, Kaká. Esse ano, sem Kaká, não temos nada. Insisto: o Robinho não exgraxa a chuteira dos outros previamente citados.

Por outro lado, acho que temos a melhor defesa do mundo. O goleiro é muito bom (melhor goleiro do mundo? Hum, talvez. Mas, se não for, está entre os três melhores, com certeza). O lateral direito é o melhor do mundo (e o segundo melhor do mundo é o lateral direito reserva. Tanto Maicon quanto Daniel Alvez jogam demais. Mas o Maicon é mais completo por que marca muito melhor). A zaga é fenomenal: o Lúcio é o melhor zagueiro do mundo e, possivelmente, o jogador mais importante da Inter de Milão. Agora, a lateral esquerda. Ah, a lateral esquerda! Seremos a única seleção do mundo que convoca um meia de ligação (Gilberto) e um ponta (Michel Bastos) para jogarem na lateral? Concordo que não há muitas alternativas em boa fase, mas, sério, dois meias como laterais esquerdos? E não me venha com esse papo de que o Daniel Alves pode ser improvisado. A seleção brasileira não tem que improvisar nada. Po, é a seleção brasileira. Eu ainda acho que faria mais sentido levar o André Santos. E não vou nem começar o meu argumento em defesa do Roberto Carlos, pra não deixar muita gente brava. O ponto é, não se pode levar dois meias para a lateral esquerda em uma Copa do Mundo. Pelo lado positivo, pensem, não temos o Heinze como alternativa.

2) São Paulo x Cruzeiro (4a feira). Para citar o grande Claudio Carsughi (leia com sotaque italiano carregado): "A chance de vitória do São Paulo é de 33,3%, de empate 33,3%, de vitória do Cruzeiro, 33,3%". Tá bom, tá bom, sairei um pouco do muro. Dois pontos fundamentais: a) o São Paulo não está bem, sofre com times piores, tem um ataque pouco criativo e problemas nas laterais; b) o São Paulo já ganhou muitos confrontos nessas mesmas situações. A rigor, eu não gosto muito da defesa do São Paulo, acho que está lenta, principalmente nas laterais. Não gosto muito do meio campo do São Paulo, acho que depende muito do Hernanes (que estaria na minha lista para a Copa) e tem muitos jogadores bons e momentos de pouca inspiração. Não gosto muito do ataque do São Paulo, principalmente sem o Washington - por sinal, o Ricardo Gomes entrou ao entrar com Fernandinho, Dagoberto e Marlos contra o Universitário hein? Po, jogo pra centroavante aquele lá. Além disso, hoje em dia, acho que o Fernandão não é melhor que Washgol. Isso dito, o São Paulo pode facilmente levar esse confronto. Se dinheiro estivesse em jogo, eu escolheria Cruzeiro (time mais equilibrado com jogadores em melhor momento). Mas, sinceramente, alguém consegue ficar surpreso se o São Paulo passar?

3) Santos x Grêmio (4a feira) - A rigor, as quartas de final já foram um teste contra um time grande para o Santos. Mas, como sabemos, o Atlético MG é um time grande com um "quê" de Portuguesa em alguns momentos, não? Eu ainda estou esperando o Santos perder jogos importantes. A defesa é muito fraca. Deveria ter perdido a final do Paulista - aquela bola na trave não entrou por muito pouco e a bandeira deu uma força no primeiro tempo. O Grêmio é um daqueles times que sempre dá a impressão de que vai ganhar confrontos mata-mata, mas o tal do papo de "time copeiro" já encheu o saco. Apostei errado no Galo nas quartas, e vou dobrar as apostas no Grêmio na semi. Ainda acho que com aquela defesa o Santos não pode ganhar tudo. Por favor, quem estiver com vontade de falar coisas do tipo: "seu retranqueiro, não gosta do futebol arte, da alegria no futebol" ou "o Santos não precisa ser campeão para ser considerado o melhor time" ou a clássica "Desde 1958 que não vemos um time tão alegre"...desista. Não vai me convencer. O ataque é importante no futebol, assim como a defesa. Um gol feito vale tanto quanto um tomado. E "alegria" só existe quando um time vence (aou alguém acha que depois do jogo contra a Itália a seleção brasileira era um time "alegre" em 82?). Eu, como torcedor, quero vencer. Prefiro vencer feio, por um a zero, a perder jogando para o ataque, sem defesa nenhuma? SIM. Defesa é importante e se você quiser vir com esse papo de que os problemas do mundo são os volantes de contenção, sugiro que vá discutir futebol com os comentaristas que ainda acham que todos os jogadores nascidos depois de 1950 são ruins.

Top 3 econômico de semana - 10 a 14 de maio

1) Novo pacote europeu anunciado no final de semana. Dessa vez são mais de U$ 930 bilhões, divididos entre FMI e Comunidade Europeia. Os mercados operam em euforia na Europa, com a bolsa espanhola subindo mais de 13% e o Euro voltando a ficar próximo dos $ 1,30. Sem dúvida, a notícia mostra que a comunidade europeia está disposta a fazer o necessário para diminuir a crise que, no longo prazo, de fato ameaça o Euro. O pacote de hoje facilita muito o acesso à liquidez dos países em dificuldade, mas a situação fiscal de médio prazo precisa ser combatida com rigor. Principalmente na Grécia, pacote nenhum será bem sucedido se o governo não reduzir drasticamente seus gastos públicos.

PS: membros do governo brasileiro e diversos economistas nacionais foram muito enfáticos ao decretarem que a crise de 2008 - e a atuação dos BC's e dos Tesouros ao redor do mundo - marcava o fim do "Estado pequeno" e do pensamento econômico que imperava há anos. Agora, aonde estão esses mesmos economistas para comentarem a crise fiscal na Europa? Lógico, o Brasil ainda não está em situação fiscal semelhante. Mas esse não seria o momento de melhorar? Cortar gastos, aumentar investimentos? Enfim...

2) Vendas no Varejo brasileiras (março) 4a feira. O comércio está bombando. Na divulgação de fevereiro, a alta mensal foi de 1,6% e a anual de 12,3%! Sim, e o BC não subiu juros em março nessas condições. Crédito e massa salarial continuam a sugerir varejo forte e o número de quarta feira deve ser de nova alta, tanto mensal quanto anual. Lógico que ninguém é contra crescimento (antes que aquele economista "desenvolvimentista" dentro de você comece a gritar) mas essa taxa de crescimento chinês pode ser sustentada sem pressão inflacionária?

3) Vendas no Varejo americanas (abril) 6a. O resultado de março nos EUA foi surpreendentemente forte, fechando um primeiro trimestre muito bom no varejo americano - as altas mensais entre janeiro e março foram, respectivamente, de 0,3%, 0,4% e 1,9%. O número de março foi muito favorecido por três fatores: a) efeito base, por que janeiro e fevereiro foram prejudicados pelo clima e pelas tempestades de começo de ano nos EUA; b) recuperação mais clara do mercado de trabalho e; c) antecipação de uma parcela de restituição de impostos. Mesmo assim, os números de confiança do consumidor continuam muito ruins. E, no médio prazo, a confiança é um dos principais antecedentes para os números de consumo. A atividade econômica nos EUA, principalmente por causa do consumo, não deve manter o nível apresentado no primeiro trimestre. A divulgação de sexta feira deve mostrar uma alta ao redor de 0,2% no mês.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Top 3 esportivo da semana - 3 a 7 de maio

1) Corinthians x Flamengo (0x1 na ida). O Flamengo foi melhor no Rio, mesmo com um jogador a menos. O Ronaldo foi patético no Rio, mesmo com aquela boa jogada antes de ser substituído. A zona que é o Flamengo não parece ser mais um fator - ao que tudo indica, o estilo "eu fingo que mando e eles fingem que obedecem" é um estilo heterodoxo mas que funciona na "comissão técnica" do time. No Corinthians, eu ainda acho que sai Danilo e entra Jorge Henrique. Não consigo ver nada que o Danilo faça que o Jorge Henrique não faça melhor, hoje. Para o Corinthians passar, o Elias precisa aparecer. O meio de campo tem sido carregado pelo Jucilei. Palpite: Corinthians passa.

2) Santos x Atlético MG (2x3 na ida). Quase perco 90 reais na final do Paulista. Não sabia que o Santo André era tão bom. O Branquinho, em especial. A zaga do Santos é ruim - e foi ajudada pela bandeirinha ontem. O Paulo Henrique Ganso é um monstro - ele falando "Não saio" no final do jogo de ontem foi fantástico. Duas coisas me vieram à cabeça: 1) o Dorival Jr estava vendo o mesmo jogo que eu? 2) o Dunga não vai chamar o Ganso, mas deveria (Elano, Ramires, Julio Batista...preciso falar mais alguma coisa?). O Atlético deveria ter feito dois gols de vantagem no Mineirão, mas vou apostar uma no professor Luxemburgo (o Tardelli também joga muito). Palpite: Atlético passa.

3) São Paulo x Universitário (PER) (0x0 na ida). Chave boa pro São Paulo, caramba. O timinho do Peru é horrível. O São Paulo merecia ter enfiado dois no jogo de ida, com um jogador a menos. O Hernanes deveria ser convocado. Mas ainda bem que o Miranda não vai. O São Paulo não tem pinta de campeão esse ano, mas o elenco é bom. Eu gosto mais quando joga com o Washington de centroavante. Fernandinho e Dagoberto é uma dupla de ataque muito..."junior". Palpite: São Paulo passa.

Top 3 econômico da semana - 3 a 7 de maio

1) Pacote de auxílio à Grécia divulgado durante o final de semana. Totalizará ao redor de U$ 146 bilhões (73% da Europa e 27% do FMI). As exigências de cortes de gastos e incremento de impostos são importantes. Do lado positivo, esse posicionamento do FMI e da Comunidade Europeia serve para diminuir o risco moral envolvido na questão, principalmente relativo a outros países da região (Portugal e Espanha, principalmente). Mas o impacto é pesado sobre a atividade econômica. Com o país já em recessão, o governo grego não tem política monetária (é submetido ao Banco Central Europeu), não tem política cambial (é atrelado ao Euro) e agora não tem política fiscal. Um sério ajuste claramente era necessário, mas o preço é alto.

2) Mercado de trabalho nos EUA - 6a feira. Deve mostrar contratação forte pelo segundo mês consecutivo. O consenso de mercado está em +180 mil vagas. Esse número pode vir ainda mais forte. Mas a recuperação será lenta, muito lenta. Desde o começo de 2008, foram mais de 8 milhões de demitidos. Até agora, esse ano, 162 mil contratados. Mercado de trabalho deixará juros no nível atual até meados do ano que vem.

3) Ata do Copom - 5a feira. O Copom errou ao não subir juros em março. E teve que subir 0,75 p.p (e não 0,5 p.p) em abril. Vale lembrar que a ata de março foi a "ata do que não foi" - quando só foram apresentados motivos para alta de juros, depois do BC ter mantido a Selic estável.

domingo, 2 de maio de 2010

Trabalhos iniciados

Caros,

espero que todos estejam bem nessa madrugada de domingo para segunda. Dado que esse blog ainda não tem leitores, imagino que esse desejo será facilmente realizado.

Esse é o primeiro post do Blog "Economia e outras banalidades". Como o nome tenta demonstrar, o conteúdo será focado em economia mas, a rigor, pode acabar sendo sobre qualquer coisa -principalmente em dias menos inspirados que, adianto, não serão poucos.

De qualquer forma, em tese, planejo escrever sobre os acontecimentos econômicos que, penso, são os mais importantes da atualidade.

No item "outras banalidades", não há restrições. Esportes, no entanto, tendem a dominar essa seção. Como diz um amigo meu: "nunca confie em um homem que não é torcedor fanático de nenhum time de futebol". Com isso em mente, me tornei torcedor fanático de diversos times, de diversos esportes. (Ainda que essa possa parecer uma estratégia para mitigar riscos com decepções, acredite em mim, o sofrimento só aumenta).

Como não podemos sobreviver somente com discussões sobre Economia e Esportes (na verdade, podemos e, na minha opinião, devemos, mas não quero restringir minhas opções logo no primeiro post) qualquer coisa pode aparecer.

Para finalizar, prometo que os posts (a partir do próximo, claramente) serão curtos. Listas (Top 3, Top 5 e, no máximo, Top 10) são uma maneira fácil de expor um assunto e aproveitar a velha máxima de que rankings são, essencialmente, subjetivos. Portanto, listas sobre temas aleatórios serão constantes ("Alta Fidelidade", sim, eu sei).

É isso.

No começo do dia entra a primeira lista. Duas, na verdade: a) os destaques econômicos da semana e; b) os destaques esportivos da semana. Pois é, originalidade ainda não está em alta.

Abraços